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terça-feira, 6 de julho de 2010

A lei e a ordem - A diferença entre Wyatt Earp e Paulo Hartung


A lei e a ordem - A diferença entre Wyatt Earp e Paulo Hartung

Por Laerte Braga (*)


Wyatt Berry Stapp Earp inspirou vários filmes do gênero western e tornou-se uma das lendas do velho Oeste nos Estados Unidos. Foi um dos protagonistas de um célebre duelo o do OK Corral, na cidade de Tombstone, estado do Arizona, onde era xerife e tinha como auxiliares seus irmãos Virgil e Morgan, além do dentista, jogador e pistoleiro Doc Hollyday. Earp foi contemporâneo e parceiro em algumas situações de outra figura legendária, Bat Masterson.



Wyatt Earp morreu aos oitenta anos de idade, rico, sem nunca ter levado um único tiro. Foi xerife tanto quanto em determinado momento teve que fugir do estado do Arizona para o Colorado, acusado de vários homicídios.



Os filmes que retratam a história de Earp de um modo geral mostram-no como intransigente defensor da lei, da ordem e da justiça.



O célebre duelo do Ok Corral durou dezessete segundos e nele foram disparados dezessete tiros. É o que conta um trabalho de resgate dos fatos e que no Brasil foi apresentado no programa GLOBO REPÓRTER há cerca de uns trinta aos atrás.



Os Earps e Holliday mataram Ike Clanton, seus filhos e dois pistoleiros do grupo no tal duelo. Eram rivais no negócio de gado.



Earp, na verdade, mantinha a lei e a ordem e promovia a justiça dos grandes proprietários de terra das cidades onde foi xerife, ou agia segundo os interesses da Wells Fargo (à época companhia de diligências e já com uma pequena rede bancária no Oeste). Para prestar esses serviços, ele, seus irmãos e o Holiday cobravam um percentual sobre todos os negócios e exigiam o controle dos saloons (cassinos).



Os Clanton operavam com gado roubado, mas na verdade isso era o que menos incomodava a Earp. Os criadores de gado da região de Tombstone estavam perdendo o poder já que os rivais vendiam o gado a um preço mais acessível às companhias do Leste. Um concorrente a mais. Isso incomodava.



O governador do antigo e extinto estado do Espírito Santo, hoje um grande latifúndio de empresas como a VALE, ARACRUZ, CST e outras, não é nenhum Wyatt Earp. Os tempos são outros e Paulo Hartung jamais entraria em duelos, nunca enfrentaria alguém, quem quer que fosse, pela frente. Gosta do estilo traiçoeiro de apunhalar pelas costas e na escuridão.



Edson José dos Santos Barcellos era um sindicalista na cidade de Conceição da Barra, no extinto Espírito Santo. Por volta das sete horas da manhã de segunda-feira, à porta de sua casa, foi abordado por dois homens, seqüestrado e terça-feira seu corpo foi encontrado carbonizado, em Aracruz – cidade propriedade da empresa do mesmo nome –.



Edson José dos Santos Barcelos pertencia à direção do sindicato dos servidores públicos municipais. lutava contra políticas e práticas corruptas e criminosas de grupos de Paulo Hartung e em sua cidade enfrentava a quadrilha do prefeito Jorge Donati, protagonista de um dos mais vergonhosos episódios da história do judiciário capixaba (se é que existe algo não vergonhoso no judiciário capixaba).



Criminoso de várias facetas, envolvido em qualquer tipo de atividade ilícita, o tal prefeito controla a cidade com mão de ferro. Tipo dono de tudo. Ano passado, num procedimento judicial em que duas testemunhas depunham e confirmavam a compra de votos nas eleições municipais de 2008, o juiz, se é que isso é juiz, mandou prender as testemunhas para que “pensassem melhor sobre suas declarações”.



Foram soltas quarenta e oito horas depois por intervenção direta do ministro da Justiça, então Tarso Genro e do Conselho Nacional de Justiça, diante das denúncias levadas até essas autoridades.




No extinto Espírito Santo além do controle do judiciário, do legislativo e do executivo (com letra minúscula mesmo) as quadrilhas que controlam e operam a antiga unidade da Federação, controlam e operam a mídia – a grande mídia – também. No caso específico a REDE GAZETA, por “coincidência” afiliada da REDE GLOBO.



O que tem de fraude nessa história de REDE GAZETA é de fazer inveja a qualquer Marinho da vida.



O assassinato de Edson José Barcellos dos Santos é mais um dos crimes destinados a calar a boca dos que denunciam toda essa bandalheira generalizada que permeia a cumplicidade entre empresas, políticos e máquina estatal.



Por isso o silêncio da grande mídia. No chamado noticiário on line, aquele que relata os fatos de última hora, até as 15 horas de terça-feira nada sobre a morte do sindicalista. Estavam, ou ainda estão, naturalmente, aguardando ordens sobre como noticiar.



É um escárnio que um criminoso como Jorge Donati seja prefeito de uma cidade. É um acinte que um criminoso como Paulo Hartung seja “governador” de um extinto estado o Espírito Santo. E ambos têm “ficha limpa”.



O histórico de crimes praticados pela dupla e pelo grosso dos políticos e empresas que operam o crime organizado no grande latifúndio capixaba transcende o País. É recente a denúncia de organizações internacionais sobre “as masmorras de Paulo Hartung”. O assassinato de Edson já repercute em outros países.



O silêncio das chamadas autoridades, com toda a certeza, é para a limpeza da cena do crime, de todos os passos do crime para que tudo possa desembocar em dois ou três testas de ferro dispostos a assumir a autoria por motivos fúteis, escondendo as reais razões da barbaridade.



Essa prática é antiga.



E nem se diga que Edson José Barcellos dos Santos era um ativista de esquerda, ou “terrorista”, jargão ou epíteto que costumam aplicar aos que se atrevem a enfrentá-los. O sindicalista era filiado ao DEM. Ou por equívoco, ou por ingenuidade, acreditava que esse partido pudesse representar alguma coisa diferente que não interesses de quadrilhas formadas por banqueiros, empresários e latifundiários, com controle de políticos e máquina estatal no caso do extinto Espírito Santo..



O medo permeia o cidadão comum, cumpridor de seus deveres nessa antiga unidade da Federação. E torna-se maior se o cidadão ou grupo de cidadãos for credor de alguma coisa, bem, o que seja, caso por exemplo de precatórios, o que envolve o dito governo do estado.



A morte é a certeza quando se luta contra tal esquema.



Foi o que aconteceu a Edson José Barcellos dos Santos.



Num “estado”, vá lá, onde boa parte dos desembargadores do Tribunal de Justiça foi presa por prática de irregularidades várias. Onde a mídia, grande mídia, é literalmente parte da grande quadrilha. Onde os serviços públicos se voltam para interesses privados. Onde o governador tem em seus ombros a responsabilidade de ter sido um dos mandantes do assassinato de um juiz honrado. Num “estado” assim, a vida se torna mais difícil que a de qualquer ladrão de gado do velho Oeste que tenha pela frente o “justiceiro” Wyatt Earp e seu parceiro Doc Holliday, até porque há uma diferença de tempo, espaço e de atitude.



Earp e Holliday mandavam os inimigos sacarem primeiro, era cara a cara. Hoje a covardia sofistica-se na crueldade do seqüestro e do assassinato na certeza da impunidade, tem o amparo da lei.



Reveste do caráter de lei e ordem. A lei e a ordem da barbárie.



Parte da trajetória dessa turma pode ser vista em



http://protogenescontraacorrupcao.ning.com/profiles/blogs/a-corrupcao-organizada-e-a



ou ainda



http://nandatardin-igrat.spaces.live.com/blog/cns!EAACB9B2BE3F619D!297.entry



Só isso já dá para ter uma idéia do “currículo” das quadrilhas. O jornal on line SÉCULO DIÁRIO é um dos que escapa ao controle dos bandidos. Tem um monte de matérias exibindo a face corrupta e perversa dessa gente. É inacreditável que estejam soltos e pior, que exerçam os cargos que exercem.



Edson José Barcellos dos Santos, na contabilidade dessa gente, certa da impunidade, é só mais um obstáculo eliminado.



*Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, onde mora até hoje, trabalhou no “Estado de Minas” e no “Diário Mercantil”. É colaborador do blog “Quem tem medo do Lula?”.

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