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domingo, 25 de julho de 2010

O fim programado de Israel

O fim programado de Israel

Por Rui Martins (*)

Berna (Suiça) - Não se trata de uma bomba nuclear programada para arrasar Israel, coisa improvável mesmo se os iranianos tiverem a bomba, pois destruiria também os palestinos. É outro tipo de bomba, gerada na cama, entre gemidos e suspiros, é a bomba demográfica.

« O ventre da mulher árabe é a minha arma mais forte », dizia Yasser Arafat.

O jornal Expresso, de Lisboa, dedicou duas páginas, na semana finda, para essa questão, tantas vezes descartada pelos israelenses. As informações foram colhidas com o israelense Arnon Soffer, do departamento de Geografia da Universidade de Haifa. Se em Israel há quase seis milhoes de israelenses judeus, igual número de habitantes se obtém somando-se os árabes que vivem na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e dentro de Israel.

E a coisa se complica para Israel ao se saber que a população israelense cresce no ritmo de 1,3% ao ano, enquanto os árabes progridem em dobro, 2,5%. Atualmente, vivem dentro de Israel 20% de cidadãos árabes e muitos israelenses deixam o país anualmente em consequência da falta de segurança para o futuro da família.

Soffer argumenta haver três maneiras de se impedir que Israel passe a ter uma maioria de população árabe – voltar a encorajar a imigração de judeus para Israel (nos EUA vivem praticamente tantos judeus quantos os que vivem em Israel, 5.280 milhões; no Canadá são 374 mil e na Argentina e Brasil somam 280 mil e mais de 1.5 milhão na Europa); investir na educação das mulheres muçulmanas, já que normalmente têm menos filhos e não anexar a Cisjordânia, dentro do projeto de uma nação para dois povos.

Sergio Dellapergola, da Universidade Hebráica de Jerusalém, acha que a melhor solução seria a dos dois Estados, um israelense e outro palestino, mas depois de um acordo de mudanças de fronteiras pelo qual o Estado de Israel englobe as atuais colônias da Cisjordânia, onde vivem 300 mil colonos, em troca de parcelas de Jerusalém e da chamada Linha Verde, habitada por árabes.

Entretanto, essa solução possível no papel tem como ferrenhos opositores os judeus ultraortodoxos, ainda sonhando com o Grande Israel ou um retorno às antigas fronteiras bíblicas. Ora, segundo Soffer, se esta hipótese fosse viável, os judeus israelenses seriam minoritários, mesmo se os judeus ultraortodoxos têm também muitos filhos.

Diante da intransigência dos judeus ultraortodoxos que se negam a ceder a Cisjordânia aos palestinos, Soffer - conta o jornal Expresso - diz ter mais medo dos judeus fanáticos que dos árabes. E, repetindo o que muitos israelenses começam a pensar, afirma - "se depender de mim, meus netos não viverão num Estado religioso típico da Idade Média. Iremos todos viver em Portugal".

*Rui Martins é jornalista. Foi correspondente do Estadão e da CBN, após exílio na França. É autor do livro “O Dinheiro Sujo da Corrupção”, criador dos "Brasileirinhos Apátridas" e da proposta de um Estado dos Emigrantes. É colunista do site "Direto da Redação" e vive em Berna, na Suíça, de onde colabora com os jornais portugueses Público e Expresso, e com o blog "Quem tem medo do Lula?"

Charge: Carlos Latuff

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