O MEDO QUE A ELITE TEM DO POVO É MOSTRADO AQUI

A Universidade de Coimbra justificou da seguinte maneira o título de Doutor Honoris Causa ao cidadão Lula da Silva: “a política transporta positividade e com positividade deve ser exercida. Da poesia para o filósofo, do filósofo para o povo. Do povo para o homem do povo: Lula da Silva”

Clique na imagem abaixo e conheça o "Quem tem medo da democracia?" - sucessor deste blog

Clique na imagem abaixo e conheça o "Quem tem medo da democracia?" - sucessor deste blog
Peço que, quem queira continuar acompanhando o meu trabalho, siga o novo blog.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Entrevista histórica: viva o Brasil de Lula

  Entrevista histórica: viva o Brasil de Lula

 

Não fosse a circunstância desse encontro, raro, único, de um Presidente “baixar-se” a uma coletiva de mais de duas horas para os expulsos da grande imprensa que se julga jornalística, não fosse, já nesse encontro, o reconhecimento do poder de informar de uma nova mídia, que faz o jornalismo com que todo estudante sonha, não fossem essas coisas tão extraordinárias, haveria as revelações que o Presidente Lula trouxe em vários momentos da coletiva.

 

Por Urariano Mota (*)


 
Se acham exagerado o título, saibam que pensei antes em outro, talvez pior, que prefiro deixar como subtítulo: “Nunca antes na história houve um presidente como Lula”. E perdoem, se não compreendem,  o tom ufanista. Pois quero dizer: na manhã desta quarta-feira 24 de novembro, o Presidente Lula deu uma entrevista aos blogueiros sujos, os sujos assim chamados por Serra, mas que na verdade formam um conjunto de jornalistas  eleitos no I Encontro Nacional de blogueiros progressistas.   


Não fosse a circunstância desse encontro, raro, único, de um Presidente “baixar-se” a uma coletiva de mais de duas horas para os expulsos da grande imprensa que se julga jornalística, não fosse, já nesse encontro, o reconhecimento do poder de informar de uma nova mídia, que faz o jornalismo com que todo estudante sonha, não fossem essas coisas tão extraordinárias, haveria as revelações que o Presidente Lula trouxe em vários momentos da coletiva.

Por exemplo: “Eu trabalho com muita informação, mas não preciso ler as coisas que eles escrevem”. Tento, um gol de placa de Lula, porque ao dizer isso o presidente lembrava a desinformação de todos os dias, o pavor criado por falsas gripes aviárias, o terror das manchetes e jornais e tevês que jogavam o Brasil no olho da crise norte-americana, enquanto o presidente fazia um pronunciamento em rede nacional para estimular o consumo, as compras, o emprego, para que o fantasma dos Estados Unidos não fizesse sombra ao Brasil. Que vergonha, formadores de opinião...    

Em outro gol de placa, o presidente marcou (cito de memória): “na imprensa do Brasil, ninguém vai saber o que aconteceu no Brasil com o meu governo. O futuro leitor tem que ler as revistas inglesas, francesas, os jornais alemães, e, acima de tudo, vocês, a internet”. Com razão, mais uma vez. Já em artigo anterior, publicado em abril de 2006 sob o título “A imprensa e Lula em 2106”, eu chamava a atenção para a dificuldade dos historiadores em saber o Brasil 100 anos depois:   

Então o nosso historiador do futuro faz uma impressionante descoberta. Em 2006, na imprensa brasileira todos os fatos, todas as coisas, todos os acontecimentos, fossem do mar, da terra, do ar, do pensamento, dos répteis, das temíveis cobras corais, dos peixes até o mico-leão-dourado, todos os reinos e possíveis ocorrências se relacionavam, sempre, com o governo Lula. Para mal, of course... Até chegar a este extremo:

Nada se compara ao incidente de uma peçonheta cobra-coral que atravessou o caminho do presidente em 2003, o historiador viu em um jornal documento. Acontecera em Buíque, Pernambuco. Um agricultor, para defender o seu presidente, matou a cobra a pau. Pergunta de matéria do Estado de São Paulo:

‘Morte de cobra em Buíque foi crime ambiental?’..."

Mas nada se comparou à exploração obscena, na Rede Globo, na Folha de São Paulo,  do acidente com o avião da TAM em 2007, quando morreram mais de 200 pessoas. Na tevê, recebíamos uma telenovela do horror, com os dramas, lágrimas e  fogo, enquanto nos jornais líamos artigos e editoriais responsabilizando o presidente, o grande criminoso, autor da tragédia. Gritava a Folha em irresponsabilidade histérica:

"Duzentas pessoas estão mortas, duzentas famílias choram suas perdas, a maior cidade brasileira convive com os escombros à margem de uma de suas avenidas mais movimentadas, o País está aturdido com a tragédia de dramaticidade acentuada por ter sido anunciada e o cidadão que, embalado pelos números de pesquisas, se pretende a síntese do Brasil, tira o corpo fora.

Ontem, 48 horas depois do segundo sinistro aéreo gravíssimo em 10 meses de exposição do colapso do setor aéreo, o presidente Luiz Inácio da Silva ainda examinava a conveniência de se dirigir à Nação hoje, quatro dias depois... Estas sim (é que são, as pesquisas) o termômetro das ações do Palácio do Planalto, que trata como cidadãos de segunda pessoas que supõe sejam de primeira classe porque viajam de avião, lêem jornais, compram ingressos para ir ao Maracanã, vivem do trabalho, não estão entre o público alvo das esmolas oficiais."

Hoje, à distância, podemos ver que, de fato, o Presidente Lula é o autor indireto dessa tragédia. A saber: a tragédia da grande mídia do Brasil. Com ele a imprensa dos grandes jornais e tevês baixou a um nível jamais visto, mais baixo e pior que as sacanagens históricas de David Nasser e Assis Chateaubriand. 

Espero que tenham compreendido enfim o tom de aparência ufanista do título e deste artigo. Mas se continuam em dúvida, assistam ao Presidente Lula aqui ( Veja o vídeo )!

O áudio começa a partir do segundo minuto.



*Urariano Mota é jornalista, professor de português e escritor. Autor do livro “Soledad no Recife”, recriação dos últimos dias de Soledad Barret, mulher do Cabo Anselmo, executada pela equipe de Fleury com o auxílio de Anselmo. Urariano é pernambucano, nascido em Água Fria e residente em Recife. É colunista do site “Direto da redação” e colaborador do blog “Quem tem medo do Lula?”

=> Artigo publicado originalmente no site "Direto da Redação" 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Este blog não está subordinado a nenhum partido. Lula, como todo ser humano, não é infalível. Quem gosta dele (assim como de qualquer pessoa), tem o dever de elogiá-lo sem nunca deixar de criticá-lo. ---------------------------------------------------------------------------------------------------- Todas as opiniões expressas aqui, em conteúdo assinado por mim ou pelos colaboradores, são de inteira responsabilidade de cada um. ----------------------------------------------------------------
Comentários são extremamente bem-vindos, inclusive e principalmente, as críticas construtivas (devidamente assinadas): as de quem sabe que é possível e bem mais eficaz criticar sem baixo calão. ----------------------------------------------------------------------------------------------
Na parte "comentar como", se você não é registrado no google nem em outro sistema, clique na opção "Nome/URL" e digite seu nome (em URL, você pode digitar seu site, se o tiver, para que clicando em seu nome as pessoas sejam direcionadas para lá, mas não é obrigatório, você pode deixar a parte URL em branco e apenas digitar seu nome).-----------------------------------------
PROCURO NÃO CENSURAR NADA, MAS, POR FAVOR, PROCUREM NÃO DEIXAR COMENTÁRIOS ANÔNIMOS. NÃO PODEMOS NOS RESPONSABILIZAR PELO QUE É DITO NESSES COMENTÁRIOS.

Att,
Ana Helena Tavares - editora-chefe

Creative Commons License
Cite a fonte. Todo o nosso conteúdo próprio está sob a Licença Creative Commons.

Arquivo do blog

Contato

Sugestões podem ser enviadas para: quemtemmedodolula@hotmail.com
diHITT - Notícias Paperblog :Os melhores artigos dos blogs